Descrição
e Motivos de Interesse
Ainda na orla ocidental deste concelho brigantino, a confrontar
(do ponte e sul) com Vinhais, fica a freguesia de Zoio. Distante
uns dezanove quilómetros para sudeste da capital concelhia,
Zoio tem ligação a esta através das E.N.
15 e 216. O seu território, medianamente extenso, surge
uma vez mais a abarcar um dos pendores da Serra da Nogueira,
desta vez na sua vertente ocidental (com altitude média
a rondar os 700 metros). Pese embora a falta de notícias
comprovando achados de objectos ou estações
arqueológicas comprovativos de remota ocupação
local, é de todo plausível que também
esta freguesia tivesse conhecido um povoamento pelo menos
proto-histórico, a julgar pelo menos a abundância
relativa de estações castrejas recenseadas pelas
limítrofes Carrazedo, Nogueira e Rebordãos.
O chamado rol das “Villae forarie” em termo de
Bragança, preciosidade datável de meados do
séc. XIII, alude já à “Villa de
Uzoy” como foreira a coroa. A grafia “Ozoyo”
ainda se registava pelos inícios do séc. XVIII
(“corografia Portuguesa”, de 1706, do Pe. Carvalho
da Costa). É de crer que este topónimo e actual
designação paroquial “Zoio” radique
assim, etimologicamente,
num antropónimo de raiz germânica. O “Chronicom
de D. Pedro” dá notícia de uma igreja
dedicada a “Sancti Zoili” e mandada edificar em
finais do séc. X pelo rei Bermudo II. A forma “Osoilo”,
respeitante a nome próprio surge ainda em documentos
de 1029. Para além do povoado principal, que dá
nome à freguesia, Zoio conta ainda com os aglomerados
populacionais de Refoios e Martim, ambos correspondentes a
sedes de antigas e extintas paróquias. No total, contabilizam
estes lugares umas 270 almas, segundo os censos de 1991. Este
percurso inicia-se e termina em Refoios, devendo ser feito
no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio.
A Igreja de Refoios (invocando a N. Sra. do Ó) será
talvez a mais imponente da freguesia, com sua graciosa traça
ao gosto barroco que se há-de prever setecentista.
Na frontaria, rematada ao alto por enorme campanário
de tripla sineira, destaca-se o correspondente portal, de
robusta arquitrave dupla e encimado por um frontão
interrompido por caprichosas volutas enquadrando um nicho
central (actualmente vazio). Pelo último quartel do
século passado, Pinho Leal aludia a duas capelas públicas
invocadas a S. Sebastião, uma “no Zoio”
e a outra em Refoios (já então arruinada), para
além de um templete particular na Casa dos Ferreiras,
em Refoios.
Avaliação
SAL
Não há avaliação
SAL sobre este percurso pedestre.
Certificações
Este
percurso não tem certificações.
Outras Informações
Os
percursos PR5 PR6 PR7 pertencem ao Concelho de Vinhais.