Descrição
e Motivos de Interesse
Estas
freguesias de montanha caracterizam-se pela dispersão
dos seus pequenos aglomerados, que se encaixam nas zonas mais
abrigadas do relevo. É nestas freguesias que se produz
o milho-miúdo, uma cultura autóctone que nada
tem a ver com o milho-maíz proveniente das “Américas”.
A partir desse milho confeccionam-se as típicas e apreciáveis
“Papas de Coura”, algo único do património
gastronómico nacional. A freguesia de Cunha apresenta
paisagens singulares de elevada beleza, com os seus campos
de cultivo em “leiras”, bordejados por azevinhos,
carvalhos e salgueiros, com pastagens sempre verdes onde apascentam
ovelhas e bovinos. As zonas mais elevadas dão lugar
a pinhais puros e mistos. Nestes últimos surgem plantações
de pinheiros, de cedros de Oregon e vidoeiros, contribuindo
assim para uma paisagem policromática, que se acentua
com as mudanças das estações. O trilho
toma o nome de Combatentes da Travanca, numa alusão
aos combates que ai se travaram nos dias 9 e 10 de Agosto
de 1662, na Guerra da Restauração. Prova desse
momento violento foram as muitas balas encontradas. O Trilho
Combatentes da Travanca parte da ermida da Sr.ª das Abróteas,
no lugar de Outeiro, da freguesia de Cunha. Tomamos o caminho
da esquerda que dá acesso aos campos de cultivo. Passados
poucos metros, este desemboca na estrada
asfaltada, onde viramos à esquerda para seguirmos um
caminho em terra, de acesso às matas e às pastagens
de montanha. O trajecto faz-se por entre bosques mistos de
carvalhos e pinheiro-bravo que, pouco a pouco, dão
lugar a manchas puras de pinheiro-bravo. Após algum
tempo, seguimos um corta-fogo que surge à direita e
que nos levará até ao ponto mais alto do nosso
percurso, o marco geodésico da Travanca, a 701 metros
de altitude. Aqui podemos apreciar esplêndidas vistas
panorâmicas sobre o Corno de Bico e Vale do Coura. Depois
de uma curta paragem, descemos para visitar os antigos viveiros
florestais do Estado Novo, junto à casa florestal de
Cerdeira. Aqui podemos observar manchas arborizadas de castanheiros,
vidoeiros, pinheiro-silvestre, pinheiro-bravo e cedros de
Oregon. Seguimos em direcção ao lugar de Penim,
passamos pela povoação e
chegamos à estrada municipal 521, onde viramos à
direita e avistamos a ermida de Sto. Estêvão.
Daqui, continuamos por um caminho que vai por detrás
da capela, para alcançarmos o aglomerado populacional
de Codeçal, em Cerdeira. Pouco a pouco, vamos deixando
para trás os campos de cultivo, para nos embrenharmos
novamente em belos e frondosos bosques autóctones.
Ao avistarmos as primeiras casas de Roriz, em Infesta, viramos
à esquerda para percorrer alguns metros pelo caminho
asfaltado até atingir um caminho em terra que nos levará
ao fim do percurso pedestre, coincidente com o seu início.
Avaliação
SAL
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SAL sobre este percurso pedestre.
Certificações
Este
percurso não tem certificações.
Outras Informações
Não
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sobre este percurso pedestre.