Descrição
e Motivos de Interesse
Este
percurso liga os mosteiros românicos de Bravães
e de S. Martinho de Castro - ambos fundados durante a Idade
Média, no conturbado período de afirmação
da Independência de Portugal - localizados, respectivamente,
nas freguesias de Bravães e de S. Martinho de Crasto,
no concelho de Ponte da Barca. Constituíam-se como
centros de culto religioso sendo a sua proximidade indiciadora
do facto do Vale do Lima ser um espaço densamente povoado.
O ponto de partida deste percurso é a Igreja de Bravães
- a 3,5 km da sede do concelho - marginal à EN 203.
Conjuntamente com a sua torre sineira, esta igreja paroquial
é o único elemento visível do Mosteiro
de Bravães – datado do
início do século XIII, pensa-se ter sido coutado
por D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, e ter albergado
monges até ao século XV. A arquitectura românica
deste Monumento Nacional encontra-se devidamente representada,
através da riqueza da ornamentação esculpida
no duro granito, sendo de destacar a entrada principal e os
tímpanos dos pórticos laterais. Depois de atravessarmos
a estrada, seguimos o percurso pelo lugar da Porta, por entre
os campos de cultivo e o casario. De destacar os cruzeiros
e as alminhas que vamos encontrando pelo caminho, típicos
marcos da religiosidade das gentes do Alto Minho. Acompanhando
um pequeno riacho vamos, pouco a pouco, ganhando altitude
por calçadas e carreteiros para, desta forma, vencermos
os declives e chegarmos a uma pequena ermida, onde é
venerada a imagem da N.ª Sr.ª da Pegadinha. Daqui
pode-se apreciar a bela paisagem sobre o Vale do Lima, onde
as povoações vão-se disseminando, moldando
os solos e decorando o verde da paisagem, do cimo da montanha
ao fundo do vale. Continuando a subir, por entre campos de
cultivo e pequenos bosques, chegamos ao cimo do monte, onde
podemos observar o policromático Vale do Vade. Iniciamos,
então, uma pequena descida para alcançarmos
o Mosteiro de S. Martinho de Crasto, erguido no século
XII, cuja fundação é atribuída
a Onerico Soeiro, Senhor de Crasto. Depois de visitarmos este
exemplar do património arquitectónico românico,
retomamos o caminho de regresso, o qual nos conduzirá
até à Ermida da N.ª Sr.ª da Pegadinha.
À frente da ermida subimos por um caminho que se abre
à direita, para cruzarmos a pequena Chã da Pegadinha.
Novamente na estrada, cruzamo-la para continuarmos a descer
suavemente por um caminho florestal que, ao longo da linha
de divisão das freguesias de Lavradas e Bravães,
nos levará aos primeiros campos de cultivo do lugar
de Ermeiro. Por entre carreiros alcançamos a Quinta
do Morgado da Roda, para seguirmos um antigo itinerário
- o “Caminho da Missa” - que conduzia os fiéis
religiosos à velha Igreja de Bravães. Este caminho
acaba por desembocar na EN 203, uns metros acima do ponto
onde teve início este percurso no Vale do Lima.
Avaliação
SAL
Não há avaliação
SAL sobre este percurso pedestre.
Certificações
Este
percurso não tem certificações.
Outras Informações
Não
há mais informações disponíveis
sobre este percurso pedestre.