Descrição
e Motivos de Interesse
Vale
a pena partir ao encontro do maior maciço geológico
do Concelho, numa aventura
pedestre pela Serra das Talhadas. Ao longo dos primeiros 6
Km, o trajecto é partilhado com o «Segredos do
Vale Almourão». O ponto de partida é a
aldeia de Sobral Fernando. A partir daqui entra-se no trilho
por uma pequena floresta de pinhal e eucaliptos. À
medida que se sobe a serra, a paisagem torna-se cada vez mais
sublime. A vista sobre as aldeias de Foz de Cobrão
e de Sobral Fernando, separadas pelo Rio Ocreza, compõem
o cenário até ao miradouro de Albarda, onde
dispõe de três pontos de observação.
Em silêncio, admire os voos rasantes dos grifos, nas
rochas quartzíticas que abraçam o Vale Almourão
em forma de U. Por vezes, avistam-se cegonhas-pretas junto
ao rio. Além das diversas espécies de peixes,
estas águas são também um reduto de lontras,
um mamífero demasiado cauteloso para se deixar ver
à luz do dia. Ao longo de 2,3 Km de percurso, os
afloramentos rochosos a Norte do Rio Ocreza impressionam os
visitantes, em especial, nas Portas do Vale de Almourão,
reduto de natureza selvagem, e que é um dos 16 Geomonumentos
do Geopark Naturtejo da Meseta Meridional. Há alguns
anos, muitos
homens e mulheres humanizavam os socalcos da Serra das Talhadas,
entregando-se ao
trabalho árduo para cuidar dos olivais e apanhar a
azeitona, da qual resultava um dos melhores azeites do mundo.
Embora rareiem, ainda se consegue encontrar alguns hectares
de olival nestas paragens. Mais à frente, a Ribeira
do Alvito com o Rio Ocreza confluem num encontro platinado
que reflecte os céus. A cerca de 500 metros de Carregais,
para onde segue e termina o PR2, os dois percursos separam-se.
Vire à esquerda pelo caminho que rasga a floresta extensa,
em direcção ao cume da serra. Na encosta à
direita, avista-se uma das mais surpreendentes formações
geológicas deste lugar. A crista quartzítica
de grandes dimensões esconde a misteriosa Buraca da
Moura e alimenta lendas ancestrais. Seguindo as indicações
no local – aqui preste atenção, e siga
até ao ponto mais alto. Do posto de vigia de prevenção
aos fogos florestais, o olhar alcança 360° de uma
paisagem magnífica, com vista sobre várias povoações.
Em dias de céu limpo, os olhos alcançam Castelo
Branco. De regresso à crista quarzítica, apanhe
o trilho que circunda a Buraca da Moura. Ao descer, irá
deparar-se, à direita, com a aldeia de Rabacinas e
os seus pomares de citrinos (sobretudo limoeiros) muito frequentes
nesta
zona do concelho, favorecido pelo microclima da zona. Siga
em sentido inverso. Mais à frente, no final do contorno
da serra, encontrará outro lugar encantado: o Escorregador
da Moura. Calcorreie a rocha e pare para sentir o cheiro desta
paisagem natural, para os amanters da geologia os «scolitos»
existentes na formação rochosa contribuem para
o redobrado interesse no percurso. A partir daqui, o trajecto
é mais plano, ajudado pela sombra do pinhal e dos eucaliptais.
A cerca de 17 Km de percurso, o PR6 reencontra-se com o PR2,
finalizando a rota pedestre no mesmo lugar: a aldeia de Sobral
Fernando.
Avaliação
SAL
Não há avaliação
SAL sobre este percurso pedestre.
Certificações
Este
percurso está certificado pela Federação
de Campismo e Montanhismo de Portugal.
Outras Informações
Não há mais informações
disponíveis sobre este percurso pedestre.